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Caio Portugal: Perspectivas Para O Mercado De Loteamentos

Techome
02/08/2021

Atualmente, fala-se muito em loteamentos imobiliários como uma opção segura de investimento. Para entender um pouco mais deste cenário, a Tecverde preparou uma série de entrevistas com renomados profissionais da área, buscando conhecer e identificar oportunidades do setor.

Para esta primeira matéria, conversamos com Caio Portugal – presidente da Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano (Aelo) e Vice-Presidente de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do SECOVI/SP – que possui 30 anos de atuação no setor de loteamentos, 67 empreendimentos realizados e mais de 19.000 lotes entregues.

Segundo Caio, o mercado de loteamentos passou por uma intensa profissionalização ao longo dos anos, porém os clientes estão se tornando cada dia mais exigentes, buscando soluções que envolvam não somente o lote em si, mas sim, diferenciais e atributos personalizados.

Este cenário exige que os empreendedores invistam na criatividade e busquem alternativas para dar ao consumidor uma solução completa em habitação. “O lote é a matéria prima deste desejo, mas não é o produto-final”, afirma. Ainda é preciso adicionar à conta que esta é uma iniciativa 100% privada, sem financiamento adequado e que tão pouco acessa os recursos de créditos imobiliários federais como o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o Sistema Financeiro da Habitação (SFH).

Outros gargalos encontrados para os loteadores, além destas questões e funding, dizem respeito à concorrência do mercado habitacional com os produtos oferecidos pelas incorporadoras. “Acreditamos que com o cenário de médio e longo prazo de juros baixos, poderá ocorrer uma nova realidade ao mercado de lotes urbanizados, em que existirá uma maior aproximação e parceria dos desenvolvedores de lotes, e construtores de casas, viabilizando soluções integradas”, ressalta.

Partindo desta análise, as soluções para esta nova forma de compra – que para ele têm sido o maior desafio a ser enfrentando pelas loteadoras – vão desde a compreensão de uma realidade aumentada com a projeção da casa no lote ofertado, passando por alternativas de financiamento e opções de aquisição do terreno juntamente à casa. Para tanto, busca-se com a Caixa Econômica Federal uma linha mais aberta de financiamento para a modalidade de aquisição do terreno mais a construção da residência, tornando este produto acessível ao consumidor.

Outra opção, segundo Portugal, é a parceria com as startups financeiras. “Queremos difundir [esta ideia] aos demais players do crédito imobiliário e, nosso o sonho de consumo mesmo, são as fintechs, pois, com elas conseguiríamos oferecer uma solução mais fácil e rápida, da forma que o cliente quer”, finaliza.

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