Quarentena Levou Comprador A Preferir Adquirir Casas No Lugar De Apartamentos
O isolamento social, o trabalho remoto e as aulas online vêm fazendo com que muitos repensem a respeito de como — e onde — morar. Os dados são da Brain Consultoria, empresa paranaense especializada no mercado imobiliário.
Segundo o levantamento “Covid-19: impactos e desafios para o mercado imobiliário”, a pandemia fez com que 10% das pessoas que antes procuravam apartamento passassem a buscar uma casa. Outros 20% responderam que a pandemia interferiu na quantidade de cômodos. “As pessoas querem mais conforto e mais bem-estar”, disse Fábio Tadeu Araújo, sócio-diretor da Brain.
Luiz Antonio França, presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), destacou que o home office total ou parcial fez com que algumas pessoas passassem a considerar morar em um raio de 100 a 120 quilômetros dos grandes centros. Um recorte da pesquisa feito pela associação aponta que pandemia acabou acelerando algumas tendências, entre elas o home office, os espaços de coworking dentro dos condomínios, as casas conectadas, a transformação das portarias em terminais de logística e a valorização de áreas verdes. “Com o uso mais intenso da moradia, as pessoas passaram a sentir muito mais necessidade de sol e claridade”, diz França.